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Como o El Corte Inglés adapta-se ao teletrabalho

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2 minutos de leitura
el corte ingles entrevista

Como já deve ter percebido, começamos aqui uma série de entrevistas com especialistas em Recursos Humanos aqui no blog da Factorial. O intuito é conhecer, em primeira mão, como os especialistas em recursos humanos, estão a lidar com as mudanças trazidas pela quarentena do coronavírus. Por isso, hoje entrevistamos a diretora de pessoas do El Corte Inglés, Susana Silva.

Continue a ler este artigo para descobrir quais foram os principais desafios do El Corte Inglés durante essa mudança e as dicas da Susana para gerir uma equipa que trabalha remotamente.

Como o El Corte Inglés está a gerir a mudança para o trabalho remoto em Portugal?

O El Corte Inglés tem vindo a apostar nas tecnologias e sistemas que permitem cada vez maisque o trabalho seja feito a partir de casa, em teletrabalho, com a mesma eficiência e produtividade do trabalho no escritório.

As nossas equipas de IT monitorizam os acessos, de forma controlada e segura, e têm feito um grande esforço nesta altura para que o teletrabalho funcione de forma eficaz.

A mudança para o trabalho remoto exige uma maior coordenação entre as equipas, de reorganização e de controlo das tarefas de cada um. O teletrabalho é uma possibilidade que já acontecia pontualmente mas, ter uma grande parte da equipa a trabalhar desta forma é uma novidade e, por isso, estamos todos os dias a adaptar-nos e a melhorar as nossas ferramentas de trabalho.

Como o El Corte Inglés viveu o processo de ser totalmente digitalizada? O que era feito antes e que vos ajudou neste momento?

O trabalho remoto não era uma prática generalizada na empresa, algumas áreas recorriam ao teletrabalho mais do que outras. Neste momento as equipas de serviços estão quase todas em home office, o que nos obrigou a dotá-las do material informático necessário para o desempenho de funções a partir das suas casas e obrigou-nos também a reorganizar tarefas.

Antes desta mudança massiva para teletrabalho já tínhamos ao nosso dispor muitas ferramentas de trabalho que neste momento estão a ser utilizadas em grande escala.De repente, ferramentas como o Teams tornaram-se os nossos melhores amigos, ou melhor, a nossas, muito frequentadas, salas de reuniões.

O que acreditam que é essencial para uma gestão eficiente de pessoas daqui para frente?

Neste momento, para uma gestão eficiente é necessário criar regras e disciplina. É muito fácil existirem pausas em casa o que também faz com que depois estejamos ligados virtualmente mais tempo.A confiança que temos nas nossas pessoas é essencial neste processo. Tão depressa podemos estar a ter uma reunião com a equipa como a fazer uma pausa com os filhos,temos de ter a capacidade de gerir muito bem o tempo.

Notou alguma mudança na produtividade da empresa e dos funcionários desde que começou a trabalhar remotamente?

Curiosamente,o que noto mais é o aumento do sentido de pertença e de responsabilidade. Mostram diariamente que estão activas e partilham o que têm feito pois há uma maior necessidade de mostrar união e de colaborar no trabalho comum.

Esta situação tem relevado muita criatividade e uma grande capacidade de adaptação a todas as situações que surgem no dia–a-dia.

Para finalizar, sabemos que Portugal se tornou um dos principais polos de tecnologia na Europa.

Para si, quais são os principais desafios e os próximos passos das empresas portuguesas depois que esta fase terminar?

Ao vivermos esta realidade, conseguimos ter a percepção de podermos ter muitos trabalhadores a fazer as suas tarefas a partir de casa. A mobilidade e a flexibilidade de que tanto temos vindo a falar estão agora a ser postos à prova de uma forma e com uma escala que jamais poderíamos imaginar.

Neste momento estamos todos a reinventar as formas de trabalhar e de colaborar, acredito que uma boa parte desta experiência se reflita no futuro.

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