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Relatório único: o que é e como preencher?

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5 minutos de leitura

Se trabalha na área de recursos humanos ou é responsável pela gestão administrativa de uma empresa, o Relatório Único é uma das suas obrigações anuais mais importantes.

Este documento obrigatório compila informações sobre a atividade laboral da organização e é essencial para o cumprimento da legislação em Portugal.

Mas como garantir que o preenche corretamente? Neste artigo, explicamos o que é, para que serve e partilhamos um guia simples para o preenchimento.

Tabela de conteúdos:

O que é o Relatório Único?

O Relatório Único é um documento obrigatório que todas as empresas com trabalhadores ao serviço devem submeter anualmente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Portugal.

Foi introduzido pela Portaria.º 55/2010, com o objetivo de centralizar, num único relatório, a informação relativa às condições laborais praticadas pelas entidades empregadoras.

O Relatório serve como uma ferramenta fundamental para:

Monitorizar o mercado de trabalho

Permite às autoridades portuguesas recolher dados estatísticos sobre emprego, formações profissionais, segurança no trabalho e outras informações essenciais para políticas públicas.

Avaliar a conformidade legal das empresas

Garante que os empregadores estão a cumprir com as suas obrigações em relação a contratações, cessação de contratos, condições de trabalho e segurança dos colaboradores.

Quem está obrigado a preencher o Relatório Único?

Todas as entidades empregadoras que tenham trabalhadores contratados devem preencher e submeter o relatório, nomeadamente empresas de todas as dimensões e setores de atividade, independentemente do número de colaboradores.

Exclusões: profissionais independentes e empregadores que não têm qualquer trabalhador vinculado por contrato de trabalho não estão sujeitos a esta obrigação.

Objetivos principais do Relatório Único

O Relatório Único centraliza informações laborais num formato unificado, simplificando a comunicação entre empresas e autoridades. Os dados recolhidos promovem transparência, ajudam na formulação de políticas públicas sobre emprego, formação e saúde ocupacional, e permitem às entidades fiscalizadoras avaliar práticas laborais e de segurança.

Além de ser fundamental para assegurar o cumprimento das normas legais, o relatório contribui para relatórios estatísticos nacionais e internacionais, apoiando decisões estratégicas sobre o mercado de trabalho.

Estrutura do Relatório

O documento divide-se em vários anexos, cada um correspondendo a um conjunto de informações específicas:

  1. Quadro de pessoal: dados sobre os trabalhadores da empresa (idade, género, categoria profissional, entre outros).
  2. Fluxo de entrada e saída: informação sobre admissões e saídas de colaboradores.
  3. Relatório anual de formação contínua: registo das formações ministradas ao longo do ano.
  4. Relatório anual da atividade do serviço de segurança e saúde no trabalho: medidas e iniciativas implementadas para a segurança dos trabalhadores.
  5. Greves: detalhe de greves realizadas, caso aplicável.
  6. Prestadores de serviço: informação sobre profissionais independentes contratados.

Como preencher o relatório único: passo a passo

  1. Recolha e organização de dados: prepare antecipadamente os registos de colaboradores, formações realizadas e outros documentos relevantes.
  2. Acesso à plataforma: a submissão é feita online, através do site oficial do Relatório Único.
  3. Preenchimento dos anexos: complete cada anexo com atenção, garantindo que as informações são precisas e atualizadas.
  4. Revisão final: antes de submeter, reveja todas as secções para evitar erros.

Quando deve ser entregue o Relatório Único?

O prazo de submissão costuma decorrer entre 1 de março e 15 de abril do ano seguinte ao período a que o relatório se refere. No entanto, é importante estar atento a possíveis atualizações comunicadas pelo Governo.

Consequências do não preenchimento do Relatório Único

O Relatório não é apenas uma formalidade burocrática. É uma peça essencial para a transparência e monitorização do mercado de trabalho em Portugal. O não cumprimento desta obrigação pode acarretar penalizações significativas para as empresas. Aqui estão as principais consequências:

1. Aplicação de coimas pesadas

A não submissão do Relatório Único ou a apresentação de dados incorretos é considerada uma contraordenação muito grave, conforme previsto no Código do Trabalho. As coimas variam consoante a dimensão da empresa e a gravidade da infração.

  • Micro e pequenas empresas: podem enfrentar coimas que começam nos 600 euros e podem ultrapassar os 9.000 euros, dependendo da extensão do incumprimento.
  • Médias e grandes empresas: para estas entidades, os valores aumentam substancialmente, com coimas que podem ultrapassar os 18.000 euros em casos mais graves.

2. Impedimentos no acesso a benefícios e apoios públicos

Empresas que não cumpram as suas obrigações legais, incluindo o preenchimento do Relatório Único, podem ser excluídas de programas de incentivos e apoios estatais. Nomeadamente, oportunidades de financiamento, subsídios ou benefícios fiscais que ficam fora de alcance.

3. Dificuldades em participar em concursos públicos

A participação em concursos públicos exige que a empresa esteja em situação regular com todas as suas obrigações legais e laborais. O não preenchimento do Relatório Único pode desqualificar automaticamente a empresa desses processos.

4. Fiscalizações pela autoridade para as condições de trabalho (ACT)

A ausência do Relatório Único pode chamar a atenção da ACT, levando a inspeções rigorosas que visam avaliar o cumprimento das leis laborais. Durante essas auditorias, outras áreas de não conformidade podem ser descobertas, resultando em multas adicionais e exigências de correção.

Para além do impacto financeiro direto, as sanções associadas ao incumprimento do Relatório afetam também a reputação da empresa e o seu relacionamento com os colaboradores. Demonstrar compromisso com as obrigações legais e boas práticas de gestão de pessoas é fundamental para atrair e reter talentos, bem como para fortalecer a imagem corporativa.

Como a Factorial pode ajudar no relatório único

Preencher o Relatório Único pode ser um processo demorado e sujeito a erros, especialmente se a informação necessária estiver dispersa em diferentes sistemas ou documentos. A Factorial simplifica esta tarefa ao fornecer uma plataforma integrada e automatizada para a gestão de recursos humanos.

Centralização de dados

Com a Factorial, todas as informações sobre os colaboradores, incluindo dados pessoais, contratos, formações e histórico de admissões e saídas, ficam organizadas num único local. Desta forma, facilita o acesso rápido e eficiente aos dados necessários para preencher os anexos do Relatório Único.

Relatórios personalizados e axportáveis

A plataforma permite gerar relatórios personalizados que podem ser facilmente exportados para compilar as informações exigidas no Relatório Único, poupando tempo e reduzindo o risco de erros manuais.

Gestão de formação contínua

A funcionalidade dedicada à gestão de formações permite monitorizar as ações formativas realizadas ao longo do ano, incluindo a participação dos colaboradores e os conteúdos ministrados. Estes dados podem ser diretamente utilizados para preencher o Anexo C – Relatório Anual de Formação Contínua.

Segurança e saúde no trabalho

A Factorial ajuda a registar e acompanhar medidas de segurança e saúde no trabalho, fornecendo relatórios detalhados para o preenchimento do Anexo D – Segurança e Saúde no Trabalho.

Redução de erros e cumprimento de prazos

Com lembretes automáticos e validações de dados, a Factorial minimiza a possibilidade de erros e ajuda a garantir que o relatório é submetido dentro do prazo legal, evitando coimas e outras penalizações.

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A Nádia é content, copy e creative writer. As palavras são a sua grande paixão, usando-as para informar, entreter, ensinar ou simplesmente partilhar. É apologista de que devemos partilhar conhecimento, histórias, experiências (e bolos de chocolate, sempre!). Parceira da Factorial, no mercado português, pretende escrever conteúdos relevantes e informativos para todos os leitores.

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