Em traços largos pode dizer-se que a estratégia empresarial é o plano que define onde uma determinada empresa quer chegar e como pretende lá chegar. O seu principal propósito é essencialmente que o rumo da empresa se mantenha mesmo que o contexto seja mutável.
Para que a estratégia decorra eficazmente é imprescindível que seja bem comunicada, de forma aberta e transparente, a toda a empresa. O ideal é que cada colaborador tenha noção das metas e da forma como contribui para que sejam alcançadas. Desta forma é possível garantir um alinhamento entre o propósito da empresa e o planeamento no dia a dia.
Os principais tipos de estratégia empresarial
- Estratégia corporativa: esta estratégia orienta as grande decisões como onde investir, em que mercados apostar, que produtos ou serviços lançar ou como garantir o crescimento sustentável da empresa.
- Estratégia competitiva: esta estratégia debruça-se essencialmente sobre a forma como a empresa se poderá distanciar e destacar da concorrência. Pode assentar em mudanças de preço, aumento da qualidade do produto, personalização do serviço ou estratégias focadas na experiência do cliente, por exemplo.
- Estratégia funcional: esta estratégia restringe-se a uma determinada área ou departamento dentro da empresa. Por exemplo, se um dos objetivos da organização for aumentar a presença online, poderá haver uma concentração de esforços da equipa de marketing em campanhas online e um maior foco da equipa de Recursos Humanos em contratar perfis com competências digitais.
- Estratégia operacional: esta estratégia passa pela execução prática dos objetivos, desde a definição de rotinas e processos à implementação de tarefas diárias que transformem a teoria em resultados concretos. Poderá adotar-se o método Kaizen, por exemplo, ou implementar modelos como o Kanban ou o Scrum.
Implantação de uma estratégia empresarial: as vantagens
1. Maior clareza nos objetivos da empresa
Quando uma estratégia está bem delineada, cada escolha é avaliada à luz de um objetivo maior. Isso faz com que contratar um novo colaborador, lançar um produto ou investir numa nova tecnologia sejam sempre escolhas estratégicas que servem para minimizar o desperdício de energia, recursos e tempo.
2. Melhor comunicação interna
Desde conflitos a falhas de execução, é frequente que os desentendimentos dentro das empresas resultem de desalinhamento e falhas de comunicação. Quando toda a organização tem presente a direção do negócio é mais fácil instaurar aquele sentimento de todos estarem a remar para um mesmo objetivo. A informação flui de forma mais natural e transparente.
3. Atração e retenção de talento
A definição de uma estratégia empresarial clara e coerente pode tornar-se numa poderosa ferramenta de employer branding. Acreditar que o papel de cada colaborador é decisivo na hora de cumprir objetivos traz motivação e propósito ao dia a dia. Colaboradores que se sentem motivados e alinhados com a empresa, não só tendem a permanecer nela mais tempo como contribuem para a imagem positiva da marca, ajudando a atrair talento.
4. Capacidade de medir resultados
É difícil melhorar aquilo que não se mede. Plataformas como a Factorial ajudam a acompanhar indicadores-chave como taxas de rotatividade, absentismo, custos por departamento, níveis de satisfação interna ou produtividade. Estes dados permitem perceber se a estratégia está a produzir os resultados esperados e, caso não esteja, implementar os devidos ajustes.
O passo a passo para elaborar uma estratégia empresarial
1. Diagnóstico e análise interna e externa
Comece por averiguar o ponto de situação da sua empresa, de dentro para fora. A análise interna pode abranger áreas como as finanças da empresa ou a estrutura das equipas e a eficiência dos processos. Para a análise externa pode optar pelo modelo SWOT que consiste em listar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças à sua empresa, por exemplo:
| Análise SWOT da Empresa X | |
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Forças
– Marca reconhecida no setor – Boa rede de parceiros |
Fraquezas
– Processos pouco digitalizados – Falta de planeamento financeiro a longo prazo |
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Oportunidades
– Aumento da procura por soluções digitais – Incentivos à inovação tecnológica |
Ameaças
– Entrada de novos concorrentes estrangeiros – Instabilidade económica global |
2. Definição de objetivos
Ao definir objetivos tenha sempre a seguinte prioridade em mente: é importante que eles sejam ambiciosos de modo a incentivar e inspirar os colaboradores, ao mesmo tempo que devem ser realistas e alcançáveis. Pode começar por explorar os conceitos de OKRs (Objectives and Key Results) ou KPIs (Key Performance Indicators), metodologias adotadas por milhares de empresas um pouco por todo o mundo e usadas para definir, acompanhar e medir a execução de uma estratégia empresarial.
3. Comunicação clara
Comunicar o “porquê” por trás de cada objetivo é tão importante quanto comunicar o “como”. Quando os colaboradores percebem o impacto do seu trabalho no sucesso da empresa sentem-se mais integrados e satisfeitos.
4. Implementação
Na fase de implementação, o papel da liderança consiste em garantir consistência e coerência, assegurando que todos os departamentos estão cientes da sua função e dispõe dos recursos necessários para executar o seu papel.
5. Acompanhamento e revisão contínua
Avaliar resultados, medir impacto e reajustar o percurso é fundamental. Uma das maiores falhas na implementação de uma estratégia empresarial consiste em defini-la no início do ano para voltar a revê-la apenas no fim do ano. Nesta altura será demasiado tarde para remediar o que pode ter corrido mal, e às vezes a diferença entre a concretização ou não da estratégia está nos pequenos ajustes ao longo do percurso que ajudam a olear o processo e minimizam os entraves no decorrer das operações.
Não deixe que um ciclo termine sem antes se perguntar: Que obstáculos surgiram com maior frequência e como podemos evitá-los no ciclo seguinte? Que aprendizagens retiramos deste ciclo e como as podemos integrar no próximo? Que iniciativas tiveram maior impacto e merecem ser reforçadas?
Como alinhar a estratégia empresarial com as pessoas, os objetivos e a tecnologia
- As pessoas
Antes de definir metas financeiras, quotas de mercado ou novos produtos, é essencial responder a uma pergunta simples: temos as pessoas certas para concretizar esta visão? Uma boa estratégia começa sempre com uma boa leitura das pessoas que a vão executar. Passa também por ter essa visão presente desde o momento do recrutamento. Durante o processo de recrutamento e seleção, a Factorial dispõe de ferramentas que, apoiadas em Inteligência Artificial, ajudam a segmentar os perfis certos de modo a encontrar rapidamente a melhor opção para a posição.
- Os objetivos
O desfasamento entre os objetivos de uma empresa e a sua estratégia dá-se sobretudo quando:
- Os objetivos são demasiado genéricos.
- As equipas têm prioridades que não se complementam.
- As metas individuais estão desalinhadas com o que a empresa pretende alcançar.
Com a Factorial é possível delinear objetivos 100% adaptáveis por empresa, equipa ou individuais. Desta forma, num único software, toda a empresa poderá aceder aos objetivos gerais ou individuais (mediante permissão), assegurando que tudo permanece alinhado e garantindo o seu acompanhamento e compilação ao longo dos anos.
- A tecnologia
As principais vantagens da tecnologia no que toca à gestão de estratégias empresariais pode resumir-se em três pontos principais.
- A tecnologia como facilitadora de processos: lidar com ausências, documentação, contratos e comunicação interna através de uma só plataforma minimiza a perda de dados e poupa tempo.
- A tecnologia como banco de dados: é ela que permite transformar informação dispersa em dados acionáveis. Indicadores como objetivos atingidos, avaliações de desempenho ou questionários que fomentam a prática do feedback contínuo são fundamentais para garantir a sustentabilidade da estratégia.
- A tecnologia como base para a colaboração: desde políticas internas, a renovação de objetivos ou mudanças de processos, atualize e comunique tudo a partir de um só lugar. Experimente a Factorial hoje mesmo.
