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Inflação em Portugal: qual o impacto no mercado de trabalho e como preparar a sua empresa

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8 minutos de leitura

A inflação em Portugal passou a estar na ordem do dia e nas preocupações de todos os portugueses. Direta ou indiretamente, tem tido impacto na vida de todos, incluindo na das empresas. Mas o que é ao certo a inflação de que tanto se fala?

Com este artigo tentaremos desmistificar o tema da inflação em Portugal, dando resposta a todas as questões levantadas, da forma mais simples possível. Explicaremos o que é a inflação e quais os diferentes tipos existentes.

Adicionalmente, desenvolveremos, as razões que levaram ao brutal aumento da taxa de inflação em 2022. Em consequência disto, mostraremos como está a reagir o mercado de trabalho e qual a resposta dos Recursos Humanos.

Por último, deixamos algumas sugestões de como tentar proteger a sua empresa, em tempos que se prevêem instáveis e atribulados, e falaremos da importância do controlo de custos em contextos como o atual.

Entenda como a subida da taxa da inflação pode impactar o seu negócio. Fique, também, munido de ferramentas que podem ajudar a proteger a sua equipa e o sucesso da sua empresa. Leia tudo já de seguida!

Tabela de Conteúdos:

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O que é a inflação?

Já todos ouvimos falar dela. Mas o que é, afinal, a inflação?

De modo muito resumido e simplista, a inflação trata-se do aumento geral dos preços dos bens e serviços. Isto é, de um conjunto global e não apenas de alguns produtos ou serviços específicos.

Regra geral, a inflação é sempre acompanhada por uma diminuição do valor da moeda. É isso que explica que, devido à inflação e consequente desvalorização da moeda, com o mesmo dinheiro passemos a conseguir comprar menos do que conseguíamos comprar com o mesmo valor anteriormente.

Para chegar ao valor da taxa de inflação, é necessário fazer um cálculo. No caso da Zona Euro ou da União Europeia, são considerados dois indicadores disponibilizados pelo Banco Central Europeu:

  1. O preço dos bens e serviços. Nesta categoria estão incluídos produtos alimentares, gasolina, vestuário, eletrodomésticos ou serviços como seguros e renda da casa;
  2. A ponderação de produtos. Os produtos são categorizados e é-lhes atribuído um peso, consoante a importância que têm para os consumidores. O preço das rendas tem, certamente, mais peso que o preço do vestuário, por exemplo.

Por aqui podemos ver a importância de manter a inflação em níveis baixos, para garantir a estabilidade de preços generalizados. Considera-se que, idealmente, a taxa de inflação deve manter-se nos 2% para que os consumidores tenham uma vida mais estável e que as empresas possam investir de forma equilibrada.

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Tipos de inflação

Consoante o tipo de aumento da taxa, podemos classificar a inflação em três tipos principais:

  • Deflação: Neste caso, falamos de uma inflação negativa. Isto é, quando há excesso de oferta e uma procura insuficiente. É, no entanto, algo raro e geralmente está associado a recessões económicas profundas e prolongadas.
  • Hiperinflação: Este é um fenómeno de inflação anormalmente alta. E por isto entendemos uma subida anual de preços acima dos 50%. Trata-se de algo bastante perigoso, pois traz consigo o risco de colapso económico e graves consequências para consumidores e empresas.
  • Estagflação: acontece quando há uma estagnação da atividade económica. É também chamada de inflação nula.

Para além destes três tipos principais, existem ainda alguns outros tipos intermédios de inflação, onde podemos enquadrar a inflação atual:

  • Lenta ou Deslizante: Neste caso, os preços aumentam até 2% a 3% por ano. Os consumidores acreditam que os preços continuem a subir e não adiam a compra, compram no momento. Deste modo, a procura vai aumentando de forma sustentada.  (E é por isso que é o tipo de inflação tido como o mais positivo para um crescimento económico estável.)
  • Rápida ou Trotante: Neste caso, os preços aumentam entre 3% e 10% ao ano. Os consumidores preocupam-se com o aumento dos preços e decidem comprar mais do que precisam, evitando preços mais altos posteriormente. Isto faz com que o custo de salários e matérias-primas possa aumentar.
  • Galopante: ocorre quando os preços aumentam mais de 10% ao ano. Quando tal acontece, a moeda perde valor e, consequentemente, consumidores e empresas perdem poder de compra.

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tipos de inflação em portugal

Aumento da inflação em 2022

Encontramo-nos num cenário preocupante de subida da taxa de inflação. Embora se acredite que possa começar a descer em breve, os olhos da economia nacional e internacional estão todos postos no comportamento da inflação.

Genericamente, são três as razões para a sua subida:

  • Procura superior à oferta. Se consumidores e empresas procurarem mais determinado produto ou serviço, o seu preço aumenta. Também poderá acontecer quando existe uma quebra na rede de produção ou abastecimento.
  • Custos de produção mais elevados. Se o preço das matérias-primas aumentar, ou estas forem mais escassas, os custos de produção aumentam. E, no final, o preço de venda ao público será também superior.
  • Circulação de dinheiro em excesso. Nas situações em que há mais dinheiro a circular, e consumidores e empresas estão mais disponíveis para o gastar, os preços sobem.

Torna-se, então, evidente perceber o aumento atual da inflação em Portugal. A pandemia fez com que fossem disponibilizados vários apoios económicos, por um lado.

Por outro lado, com o fim dos confinamentos e restrições, as pessoas passaram a estar mais disponíveis para gastar dinheiro (basta olhar para fenómenos como o revenge spending ou revenge tourism). Em suma, passou a haver circulação de dinheiro em excesso.

Ainda fruto da pandemia, algumas cadeias de abastecimento sofreram ruturas ou perturbações, provocando escassez de bens. E a isto acrescentamos o início da guerra na Ucrânia. Não só reforçou os problemas nas cadeias de abastecimento, como trouxe sérios constrangimentos ao nível da energia, por exemplo.

Consequência dos problemas nas cadeias de abastecimento, os custos de produção passaram a ser mais elevados e a procura superior à oferta. Podemos dizer que se criou a tempestade perfeita.

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Inflação em Portugal e o mercado de trabalho

É inegável que a inflação atingiu máximos como há muito não eram vistos. Em Setembro de 2022 a inflação em Portugal terá atingido os 9.3%, muito longe dos 2% “saudáveis” que mencionámos antes.

O efeito desta escalada é já bastante sentido no bolso dos portugueses e nas empresas. Mas e de que forma este aumento significativo teve impacto no mercado de trabalho?

Atualmente, a taxa de desemprego mantém-se nos 6,0% pelo quarto mês consecutivo. Se compararmos com o mês homólogo de 2021, verificamos que diminuiu face a essa altura.

Assim, ainda que a inflação tenha aumentado, com consequências bastante negativas para alguns mercados, a boa notícia é que o mercado de trabalho parece escapar. Quer em Portugal, quer no mundo.

De acordo com declarações recentes da Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, prevê-se que os dados sobre o emprego vão continuar fortes. Eé uma tendência que se calcula que se verifique não só nesse país, mas internacionalmente.

inflação em portugal e mercado de trabalho

No caso concreto de Portugal, a economia nacional beneficiou em 2022 da recuperação de setores-chave, como o turismo e o consumo privado. Esta recuperação crescente impacta o emprego, onde se verifica algum dinamismo e aumento da taxa de atividade.

Contudo, ao nível salarial, o crescimento da inflação e consequente aumento do custo de vida faz com que os salários médios, em termos reais, diminuam. E crê-se que esta diminuição seja a maior desde o início da série estatística publicada pelo INE, em 2014.

Ou seja, em termos nominais, alguns portugueses até poderão estar a ganhar mais (por exemplo, no setor da energia). Mas em termos reais conseguem pagar menos bens e serviços com o mesmo dinheiro e tudo permanece bastante incerto.

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Resposta das empresas e dos RH ao aumento da inflação em Portugal

Como estão as empresas, incluindo os RH, a reagir a esta subida inflacional no nosso país? Segundo um artigo do Expresso, de forma insuficiente.

De cerca de 35 empresas e associações empresariais consultadas, apenas 5 delas admitiram ter tomado medidas concretas para tentar atenuar as consequências da inflação sofridas pelos trabalhadores. É o caso da Sonae e dos bancos BPI e Santander, a título de exemplo. Contudo, a falta de resposta verifica-se nos mais diversos setores, da distribuição à indústria.

Entre as medidas adotadas pela minoria encontram-se:

  • Aumentos salariais intercalares;
  • Reforço dos subsídios de refeição;
  • Aumentos nos subsídios de deslocação;
  • Promoção de opções de trabalho remoto;
  • Distribuição de prémios extraordinários.

Na restante maioria dos casos consultados, as empresas indicaram estar atentas, a controlar a situação. Outras, ainda, confirmaram estar a preparar medidas futuras. Mas há também quem não planeie implementar nada, nem tenha nenhuma medida em estudo ou na calha.

Neste cenário, para além de tentar que os seus trabalhadores sofram menos com o efeito da inflação em Portugal, como podem as empresas nacionais proteger o seu próprio bolso? Adiantamos alguns conselhos mais abaixo.

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Impacto da Inflação nas Empresas e RH

Factorial HR: Importância de um software para o controlo de custos

Numa fase de aceleração imprevisível da taxa de inflação é absolutamente indispensável fazer um controlo de despesas apertado. Uma das formas de combater o impacto da escalada da inflação é otimizar os custos e recursos existentes. A forma mais eficiente de o fazer, e com uma melhor relação custo-benefício, é recorrendo à tecnologia.

A Factorial poderá ser a ferramenta apropriada, que lhe permitirá gerir equipas, planear horários e gerir turnos de modo a melhor tirar proveito dos seus recursos. Poderá também fazer toda a gestão de despesas, sabendo em tempo real como é gasto o dinheiro da empresa. Para além de automatizar processos e tarefas que possibilitam poupar tempo mas, acima de tudo, ter menores custos.

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Como proteger a sua empresa do aumento da taxa de inflação em Portugal

Apenas uma empresa resiliente e preparada pode enfrentar as consequências de um aumento brutal da inflação. Existem estratégias preventivas que podem ser aplicadas nesse sentido e partilhamos algumas delas:

1) Utilizar uma plataforma de comparação de custos

Preparar a sua empresa para os efeitos da inflação passa muito por otimizar as despesas financeiras. Para tal, comparar serviços como energia ou seguros pode ajudar a poupar milhares de euros por ano.

Existem plataformas gratuitas, como por exemplo o ComparaJá, que são ferramentas ideais para a otimização de custos e recursos.

2) Renegociar contratos com fornecedores

Reveja as condições de contratos assinados e procure obter acordos com preço fixo que possibilitem maior estabilidade. Reveja também as subscrições de serviços e ferramentas, para tentar obter preços mais competitivos.

3) Rever a oferta de serviços e produtos

Aposte num leque mais reduzido de produtos ou serviços disponibilizados. Genericamente, os produtos ou serviços com maior margem de lucro e com maior procura devem ser privilegiados.

4) Ter uma estratégia de preços bem clara

Desde rever o preço, consequência do aumento dos custos de produção ou matéria-prima, a perceber como pode aumentar o valor do que oferece, para não perder clientes, tudo deve ser avaliado.

5) Reduzir custos

Numa altura em que o preço dispara, reduzir custos é uma necessidade evidente. De modo a manter a margem de lucro, reveja quanto gasta em serviços e bens e considere fazer substituições.

6) Reavaliar os seus recursos humanos

Tenha claras as necessidades da sua empresa, o perfil dos elementos da sua equipa e otimize a produtividade. Considere redistribuir tarefas, mover colaboradores de departamento ou recorrer a ferramentas que tornam o trabalho mais produtivo.

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Copywriter especializada em SEO, a Vanessa é parceira da Factorial para o mercado português. Com formação em comunicação e marketing, tem experiência na área da escrita de conteúdos web, sejam eles para blogues, sites ou newsletters. É também ghostwriter, algo que a inspira muito. No fundo, adora escrever.

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